O significado de Maia Ferreira para a História da Literatura Angolana

Constantemente, leitores usaram informações deste capítulo sem fazerem referência à fonte. Havia dados aqui inéditos em qualquer artigo ou livro sobre Maia Ferreira anterior a este ensaio, por isso é fácil descobrir quem os levou daqui e usou sem referir a fonte. É estranho que surjam textos em que todos os dados novos e não citados coincidam com os que estavam nesta página, ou em outras deste livro-blogue. Pedi um mínimo de decência para continuar a disseminar informação gratuitamente. Foi inútil o pedido. Até em congressos apareceram comunicações com informação que tinha aqui sem a respetiva referência. Pude assistir - eu próprio - a duas delas e com a maior desfaçatez o roubo se apresentou lá como descoberta própria de quem falava. Não quis criar caso, mas não darei azo a que tais atitudes prossigam. 

Entretanto, como se sabe e é público, realizaei mais pesquisas e publiquei dois volumes sobre a biografia de José da Silva Maia Ferreira, onde as reúno todas.
 
A história da vida do nosso primeiro poeta, inicialmente contada por Carlos Pacheco em tempos em que ainda não se consultavam arquivos e documentos e livros em rede virtual, ficou largamente ampliada, ajustada, corrigida e desenvolvida no livro José da Silva Maia Ferreira: uma biografia atlântica, disponível na amazon para venda, em dois volumes. 





Aí traço, não só a biografia do poeta, mas um vasto esboço da constituição das famílias a que ele pertencia, no que diz respeito a Angola e à diáspora angolense na primeira metade do século XIX. Ambas as tarefas - biografia do poeta e famílias - expõem-se completando-as com notícias sobre o atlântico, sobretudo nas vertentes angolana, brasileira, norteamericana e portuguesa. Entre os séculos XVI e XIX, o oceano atlântico se tornou um grande lago de margens interconectadas e interativas. Em razão disso, torna-se indispensável informarmo-nos sobre ele para compreendermos melhor a personalidade e a poesia de José da Silva Maia Ferreira, tal como a sua receção na Angola coetânea. 

Para quem se interessa pela biografia do poeta e das famílias angolenses entre o fim do século XVI e o meio do século XIX, considero a leitura desse livro indispensável. Estando o livro disponível, a um preço baixo para os anos de trabalho e a despesa que tive nas pesquisas, para lá remeto os verdadeiros interessados e agradeço o interesse que tiveram por esta página, que somava já perto cerca duas mil leituras.

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