Política e Economia, Filosofia, Teologia, Moral


Entre os livros de História e os de Filosofia surgiam polémicas, manifestos, ensaios e panfletos políticos. Embora para o Romantismo político e literário a História tenha sido importante, nestes mercados a polémica ideológica aparece logo desde Fevereiro de 1827 com títulos dialogais como A facecia liberal e o Enthusiasmo constitucional, O contra censor pela galeria. Mas é claro que já circulava antes. O gosto por ela era antigo e o século XVIII a cultivou, sobretudo na segunda metade e muito na França.


Mas havia também as obras de Rousseau, de Constant (comentadas adiante), a do filósofo utilitarista Jeremias Bentham (pelo menos a Tática das assembleias legislativas - anunciada no Diário de Pernambuco a 9.3.1842, p. 4) e o Tratado dos sofismas políticos, traduzido pelo “brasileiro” Ant.º José Falcão da Frota (anunciado no Diário de Pernambuco por três vezes em 1840: 23.1; 21.7; 24.7). Constando ainda do espólio do estadista baiano José Lino Coutinho (Magalhães, et al., 2017 p. 217)), a “loja de óculos políticos” (também anunciada no mesmo ano, nos dias 30.7 e 1.9) teve muitas edições ao longo do século XIX e saiu por partes na popular Biblioteca familiar e recreativa. No mesmo ano de 1840 surgiu nos anúncios do Diário de Pernambuco “ideias liberais”, ou seja, As ideias liberais, em anúncios de 30.7 e de 1.9. Seria, talvez, menção à segunda edição de As idéas liberaes : ultimo refugio dos inimigos da religião e do trono (Anónimo, 1823), tradução do italiano por Joaquim José Pedro Lopes, a partir da segunda edição, feita em Florença em 1817. A obra, naturalmente, se destinava à intrução da mocidade portuguesa (Lisboa: Impr. Régia, 1823) e a primeira edição portuguesa foi de 1819.



Ler as secções deste capítulo para detalhar:

  1. Política
  2. Economia
  3. Moral e Teologia
  4. Filosofia, Direito - e política ainda
  5. Livros 'científicos' - breve nota


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